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terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O que é ser Espírita

Aprendi que se aprende errando
Que o silêncio é a melhor resposta, quando se ouve uma bobagem
Que trabalhar significa não só GANHAR dinheiro
Que AMIGOS a gente conquista mostrando o que somos
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face
Que não se espera a FELICIDADE chegar, mas se procura por ela
Que quando penso saber tudo ainda não aprendi nada
Que a natureza é a coisa mais bela na VIDA
Que amar significa se dar por inteiro
Que se pode conversar com estrelas
Que se pode conversar com a lua
Que se pode viajar além do infinito
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde
Que dar um carinho também faz ...
Que sonhar é preciso
Que se deve ser criança a vida toda
Que nosso ser é livre
Que Deus não proíbe nada em nome do amor
Que o julgamento alheio não é a paz interior
E finalmente aprendi que não se pode morrer,
Para se aprender a viver!!!

Antes do berço, na Espiritualidade, examinando suas próprias necessidades de aperfeiçoamento terá você pedido:
- a deficiência corpórea que induza à elevação de sentimentos;
- a enfermidade de longa duração, capaz de educar-lhe os impulsos;
- essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;
- determinada mutilação que lhe iniba o arrastamento à agressividade exagerada;
- o complexo psicológico que lhe renove as idéias;
- o lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;
- o traço de prova que lhe impõe obstáculos no grupo social, a fim de esquecer inquietações de orgulho;
- o reencontro com os adversários do passado, então na forma de parentes difíceis, atendendo resgate de antigos débitos;
- a impossibilidade temporária para a obtenção de um título acadêmico, de modo a frenar-se contra desmandos intelectuais;
- internação passageira em ambiente de pauperismo, de maneira a desenvolver a própria habilitação no trabalho pessoal.

Aceite as dificuldades e desafios da existência, porque, na maioria das circunstâncias, são respostas da Providência Divina aos nossos anseios de reajuste e sublimação.
- Chico Xavier/André Luiz - do livro Respostas da Vida


Oração Nossa

Senhor,
ensina-nos a orar sem esquecer o trabalho,
a dar sem olhar a quem,
a servir sem perguntar até quando,
a sofrer sem magoar seja a quem for,
a progredir sem perder a simplicidade,
a semear o bem sem pensar nos resultados,
a desculpar sem condições,
a marchar para a frente sem contar os obstáculos,
a ver sem malícia,
a escutar sem corromper os assuntos,
a falar sem ferir,
a compreender o próximo sem exigir entendimento,
a respeitar os semelhantes sem reclamar consideração,
a dar o melhor de nós, além da execução do próprio dever sem cobrar taxas de reconhecimento.
Senhor,
fortalece em nós a paciência para com as dificuldades dos outros, assim como precisamos da paciência dos outros para com as nossas próprias dificuldades.
Ajuda-nos para que a ninguém façamos aquilo que não desejamos para nós.
Auxilia-nos sobretudo a reconhecer que a nossa felicidade mais alta será invariavelmente aquela de cumprir-Te os desígnios, onde e como queiras, hoje, agora e sempre.

SE 2014 VALEU A PENA ?

Perdi pessoas que eu achava que não viveria sem, e ganhei pessoas que eu nunca imaginei que entrariam em minha vida. Ri até chorar, e chorei como se não fosse mais rir. Amei, desamei, fui decepcionada, e em algum momento também decepcionei. Sonhei alto, caí muito, machuquei mas me levantei.
Senti saudade, "morri" de saudade, mas também deixei saudade. Disse coisas que não deveriam ser ditas, me calei quando mais deveria ter falado. Chorei.
Ah, como eu chorei! Mas não sou perfeita e sei que em algum momento também fiz pessoas chorarem. Briguei, brinquei mas não me arrependi. Guardei coisas bobas e deixei coisas importantes passarem. Embora entenda que não se pode ter tudo na vida, eu fui feliz, mas outras vezes também me entristeci. Me arrependi apenas daquilo que não fiz e disse coisas das quais não me arrependo. Xinguei, gritei, perdoei e errei querendo acertar, acertei quando achei que tinha errado e mais uma vez acreditei no “pra sempre”, no “eu te amo” e no “conte comigo”, mas também fiz pessoas acreditarem.
Prometi coisas que ainda não consegui cumprir, e cumpri coisas que nem ao menos prometi. Perdi, ganhei, sorri, chorei. Me ergui, me reergui e desabei. Cresci e amadureci. E então volto a me perguntar: “E ai, 2014 valeu a pena ?”
Valeu muito a pena!
E convenhamos que se o tempo voltasse, faria tudo isso outra vez.
Obrigada Senhor por mais um ano e por ter me sustentado até aqui.
Ilumine meus passos e segure a minha mão pra que eu possa tomar as melhores decisões nesse novo ano que se inicia.  

Créditos para minha amiga Lívia Figueiredo, foi da coração dela que saíram essas lindas palavras ...

TODO FILHO É PAI DA MORTE DE SEU PAI

" Há uma quebra na história familiar onde as idades se acumulam e se sobrepõem e a ordem natural não tem sentido: é quando o filho se torna pai de seu pai.
É quando o pai envelhece e começa a trotear como se estivesse dentro de uma névoa. Lento, devagar, impreciso.
É quando aquele pai que segurava com força nossa mão já não tem como se levantar sozinho. É quando aquele pai, outrora firme e intransponível, enfraquece de vez e demora o dobro da respiração para sair de seu lugar.
É quando aquele pai, que antigamente mandava e ordenava, hoje só suspira, só geme, só procura onde é a porta e onde é a janela - tudo é corredor, tudo é longe.
É quando aquele pai, antes disposto e trabalhador, fracassa ao tirar sua própria roupa e não lembrará de seus remédios.
E nós, como filhos, não faremos outra coisa senão trocar de papel e aceitar que somos responsáveis por aquela vida. Aquela vida que nos gerou depende de nossa vida para morrer em paz.
Todo filho é pai da morte de seu pai.
Ou, quem sabe, a velhice do pai e da mãe seja curiosamente nossa última gravidez. Nosso último ensinamento. Fase para devolver os cuidados que nos foram confiados ao longo de décadas, de retribuir o amor com a amizade da escolta.
E assim como mudamos a casa para atender nossos bebês, tapando tomadas e colocando cercadinhos, vamos alterar a rotina dos móveis para criar os nossos pais.
Uma das primeiras transformações acontece no banheiro.
Seremos pais de nossos pais na hora de pôr uma barra no box do chuveiro.
A barra é emblemática. A barra é simbólica. A barra é inaugurar um cotovelo das águas.
Porque o chuveiro, simples e refrescante, agora é um temporal para os pés idosos de nossos protetores. Não podemos abandoná-los em nenhum momento, inventaremos nossos braços nas paredes.
A casa de quem cuida dos pais tem braços dos filhos pelas paredes. Nossos braços estarão espalhados, sob a forma de corrimões.
Pois envelhecer é andar de mãos dadas com os objetos, envelhecer é subir escada mesmo sem degraus.
Seremos estranhos em nossa residência. Observaremos cada detalhe com pavor e desconhecimento, com dúvida e preocupação. Seremos arquitetos, decoradores, engenheiros frustrados. Como não previmos que os pais adoecem e precisariam da gente?
Nos arrependeremos dos sofás, das estátuas e do acesso caracol, nos arrependeremos de cada obstáculo e tapete.
E feliz do filho que é pai de seu pai antes da morte, e triste do filho que aparece somente no enterro e não se despede um pouco por dia.
Meu amigo José Klein acompanhou o pai até seus derradeiros minutos.
No hospital, a enfermeira fazia a manobra da cama para a maca, buscando repor os lençóis, quando Zé gritou de sua cadeira:e
— Deixa que eu ajudo.
Reuniu suas forças e pegou pela primeira vez seu pai no colo.
Colocou o rosto de seu pai contra seu peito.
Ajeitou em seus ombros o pai consumido pelo câncer: pequeno, enrugado, frágil, tremendo.
Ficou segurando um bom tempo, um tempo equivalente à sua infância, um tempo equivalente à sua adolescência, um bom tempo, um tempo interminável.
Embalou o pai de um lado para o outro.
Aninhou o pai.
Acalmou o pai.
E apenas dizia, sussurrado:
— Estou aqui, estou aqui, pai!
O que um pai quer apenas ouvir no fim de sua vida é que seu filho está ali. "

Autor Carpinejar.