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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

MÃES MÁS ????

Um dia quando o meu filho for crescido o suficiente para entender a lógica que motiva um pai, eu hei de dizer-lhe:
Eu te amei o suficiente para ter perguntado: onde vais, com quem vais, e a que horas regressarás a casa.
Eu te amei o suficiente para ter insistido que juntasses o teu dinheiro e comprasses uma bicicleta para ti, mesmo que eu tenha tido hipótese de comprá-la para ti.
Eu te amei o suficiente para ter ficado em silêncio e deixar-te descobrir que o teu novo amigo não era boa companhia.
Eu te amei o suficiente para te fazer pagar a bala que tiraste da mercearia, e dizeres ao senhor: "Eu peguei isto ontem e queria pagar".
Eu te amei o suficiente para ter ficado em pé, junto de ti 2 horas, enquanto limpavas o teu quarto; tarefa que eu teria realizado em 15 minutos.
Eu te amei o suficiente para te deixar assumir a responsabilidade das tuas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo eu te amei o suficiente para te dizer não quando eu sabia que me irias odiar por isso. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci, porque no final vocês venceram também.
E qualquer dia, quando os teus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais, tu vais lhes dizer quando eles te perguntarem se a tua mãe era má... "que sim, era má, era a mãe mais má do mundo".
As outras crianças comiam doces pela manhã,mas nós tinhamos de comer cereais, ovos e torradas.
As outras crianças ao almoço bebiam Pepsi e comiam batatas fritas, mas nós tínhamos de comer carne, legumes e frutas.
E, não vais acreditar, a nossa mãe obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães também.
A nossa mãe insistia em saber onde nós estávamos a todas as horas. Era quase uma prisão.
Ela tinha de saber quem eram os nossos amigos, e o que nós fazíamos com eles.
Ela insistia que lhe disséssemos que íamos sair por uma hora, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer nossas camas, lavar nossa roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis.
Eu acho que ela nem dormia à noite a pensar em coisas para nos mandar fazer.
Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. Na altura em que éramos adolescentes, ela conseguia ler os nossos pensamentos. A nossa vida era mesmo chata.
A mãe não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para nós descermos.Tinham de subir, bater à porta para ela os conhecer.
Enquanto toda a gente podia sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16.
Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências na adolescência. Nenhum de nós, nenhuma vez esteve envolvido em roubos, atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos ou advertidos por crime nenhum. Foi tudo por causa dela.
Agora que já saímos de casa, nós somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor, para sermos "maus pais", tal como a nossa mãe foi.
Eu acho que este é um das males do mundo de hoje:
Não há suficientes Mães Más.
Eu te amei o suficiente para te deixar ver: fúria, desapontamento e lágrimas nos meus olhos.








sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Homem de Bem

3 – O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei de justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros aquilo que queria que os outros fizessem por ele.
Tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão, e submete-se em todas as coisas à sua vontade.
Tem fé no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções, são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar.
O homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo faz o bem pelo bem, sem esperar recompensa, paga o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte e sacrifica sempre o seu interesse à justiça.
Encontra usa satisfação nos benefícios que distribui, nos serviços que presta, nas venturas que promove, nas lágrimas que faz secar, nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é o de pensar nos outros., antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. O egoísta, ao contrário, calcula os proveitos e as perdas de cada ação generosa.
É bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças nem de crenças, porque vê todos os homens como irmãos.
Respeita nos outros todas as convicções sinceras, e não lança o anátema aos que não pensam como ele.
Em todas as circunstâncias, a caridade é o seu guia. Considera que aquele que prejudica os outros com palavras maldosas, que fere a suscetibilidade alheia com o seu orgulho e o seu desdém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever do amor ao próximo e não merece a clemência do Senhor.
Não tem ódio nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas, e não se lembra senão dos benefícios. Porque sabe que será perdoado, conforme houver perdoado.
É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que ele mesmo tem necessidade de indulgência, e se lembra destas palavras do Cristo: “Aquele que está sem pecado atire a primeira pedra”.
Não se compraz em procurar os defeitos dos outros, nem a pô-los em evidência. Se a necessidade o obriga a isso, procura sempre o bem que pode atenuar o mal.
Estuda as suas próprias imperfeições, e trabalha sem cessar em combatê-las. Todos os seus esforços tendem a permitir-lhe dizer, amanhã, que traz em si alguma coisa melhor do que na véspera.
Não tenta fazer valer o seu espírito, nem os seus talentos, às expensas dos outros. Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer ressaltar a vantagens dos outros.
Não se envaidece em nada com a sua sorte, nem com os seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado.
Usa mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe tratar-se de um depósito, do qual deverá prestar contas, e que o emprego mais prejudicial para si mesmo, que poderá lhes dar, é pô-los ao serviço da satisfação de suas paixões.
Se nas relações sociais, alguns homens se encontram na sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade para erguer-lhes a moral, e não para os esmagar com o seu orgulho, e evita tudo quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna.
O subordinado, por sua vez, compreende os deveres da sua posição, e tem o escrúpulo de procurar cumpri-los conscientemente. (Ver cap.XVII, nº 9)
O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhes são assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seus fossem respeitados.
Esta não é a relação completa das qualidades que distinguem o homem de bem, mas quem quer que se esforce para possuí-las, estará no caminho que conduz às demais.
Pois é ...
Escolhi estes posts para o meu retorno no blog...
Espero que gostem !!!